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Lei Complementar nº 101/2000 – art. 48
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História

HISTÓRIA DE UNIÃO-PI

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SINTESE HISTÓRICA DE UNIÃO-PI

             O município de União tem origem numa fazenda de gado vacum, denominada Estanhado, ou “Fazenda do Estanhado”, situada na margem direita do Rio Parnaíba. Presume-se que tenha sido instalada por um colonizador português, chegado ainda em meados do século XVIII. Esse luso, ergueu uma pequena capela, dedicada à Nossa Senhora dos Remédios – atual igreja matriz de N. Sra. dos Remédios. Sem demora, a fazenda transformou-se num povoado importante, sendo estratégico para a região centro-norte do Piauí em eventos importantes da história do Brasil, como nas lutas pela independência (1823), e na guerra dos Balaios (1838-1841).

              O povoado Estanhado era distrito da Vila de Campo Maior, e dependia dela politicamente. Ao mesmo tempo, era sufragâneo da Freguesia de Santo Antônio do Surubim para auferir assistência religiosa. Essa condição prevaleceu até metade do século XIX, quando em 1853, criara-se a Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios (Lei Provincial nº 348 de 27 de agosto de 1853) e a Vila da União (Lei Provincial nº 362 de 17 de setembro de 1853) – sacralizando a autonomia do povoado.

              O município de União, assim como a respectiva freguesia, era extenso, e ocupava áreas hoje pertencentes aos municípios de José de Freitas (antiga Livramento), Miguel Alves, e Lagoa Alegre. Para sua sede, foi doado por João do Rego Monteiro, uma gleba de terras na Data Sussuapara, e um imóvel para o funcionamento da administração (Paço, Cadeia, Quartel e Juri), sob a condução da Câmara Municipal, eleita em 1854 e presidida por João do Rêgo Monteiro – futuro barão de Gurgueia. No espectro religioso, o Bispado do Maranhão, na qual pertencia às paróquias do Piauí, enviou o recém-ordenado padre Simpliciano Barbosa Ferreira, que permaneceu na condução da freguesia até 1886.

              O século XIX em União foi marcado, além dos conflitos armados e da emancipação, pela disputa política e por rigorosos ciclos de seca. Nesse estágio, suplantava a disputa entre “urubus” e “saquaremas”, assim chamados os membros dos partidos Liberal e Conservador, únicas agremiações vigentes na época. Na liderança do PL, prevalecia os irmãos Francisco Barbosa e padre Simpliciano Ferreira, expoentes do partido em União. Já entre os conservadores, sobressaía as figuras de João do Rêgo Monteiro, Fernando Alves de Lobão e Veras, Clemente de Souza Fortes, e Antônio da Silva Coutinho.

               Esses agrupamentos políticos conviveram com inúmeros percalços, sobretudo ocasionados pelos rigorosos ciclos de estiagem. Entre 1877 e 1879, a vila de União foi castigada pelos efeitos da seca, ocasionando morte, miséria e uma imensurável crise socioeconômica. Nesse período registra-se um sem número de migrantes abeirando-se do Ceará, fugindo de situações mais calamitosas. Em relação a esse quesito, João do Rêgo Monteiro doa cerca de 13 mil hectares para o governo da província, no Sítio Gameleira, para a criação de um Núcleo de Imigrantes (futuro povoado David Caldas).

               O final do século XIX é marcado pela queda da monarquia e instalação da República. União, a congênere de outros, participa desse processo, realizando uma sessão no Paço da Câmara Municipal, em novembro de 1889, para a adesão. Em 29 de dezembro do mesmo ano, é elevada à condição de Cidade, conservando o topônimo e o gentílico uniense (depois unionense).

                O século XX foi importante para o desenvolvimento de União, sobretudo urbano. Durante a Primeira República (1889-1930) e, precisamente, durante a Era Vargas (1930-1945), a cidade de União passou por um profuso desenvolvimento urbano, sendo galardoado pela chegada da energia elétrica, construção de grupos escolares, pontes, praças, prédios públicos, abertura de estradas, ruas, e melhoramento dos serviços público/privados. É dessa época a chegada do transporte aéreo, através da Companhia Aérea Syndicato Condor (1936-1939).

                União chega ao seu centenário – 1953 – muito populosa, e importante político e economicamente para o Piauí. Para essa data, realiza-se em agosto de 1953, um grande evento, copioso, assinalado por eventos sociais, culturais, litúrgicos e políticos. Nesse evento – denominado Festa do Centenário – realiza-se um congresso eucarístico e executa-se a inauguração de algumas obras públicas. São inaugurados a Avenida Filinto Rego, a U. E. Murilo Braga, a reforma do Cemitério Velho, a colocação do Cristo de frente à igreja matriz, e a colocação de um busto (Cel. Benedito Rêgo) na Praça Barão de Gurgueia.

                Tanto a Cidade quanto a Paróquia, contaram com uma série de administradores que ajudaram-na a desenvolvê-las. A Prefeitura de União, desde a República, contou com os seguintes gestores:

Coronel Benedito Rego (1892 – 1908)

Coronel Benedito Rego Filho (1909 – 1920)

Coronel Augusto Daniel (1921 – 1928)

Coronel Filinto Rego (1929 – 1930/ 1933 – 1935/ 1937 – 1945)

Segisnando Alencar (1930 – 1931/ 1936 – 1937)

Tenente Emílio Cunha (1931 – 1932)

Major Apolinário Monteiro (1932 – 1933)

João Osório Pires da Motta (1935 – 1936)

José Carlos Lopes de Lima (1945)

Francisco Narciso da Rocha (1945 – 1946/ 1948 – 1950)

Eulálio Costa (1946 – 1947)

José Lopes de Melo (1947 – 1948)

Maria Castelo Branco Medeiros (1948)

Antônio Medeiros de Mello (1951 – 1954)

Carlos do Rego Monteiro (1955 – 1958/ 1963 – 1966/ 1971 – 1972)

Gervásio Costa Filho (1959 – 1962/ 1993 – 1996/ 2001 – 2004)

Francisco Medeiros de Barros (1967 – 1970)

Osvaldo do Rego Melo (1973)

Francisco Oliveira Sobrinho (1973 – 1976)

João de Araújo Borges (1977 – 1982/ 1989 – 1992)

Edmilson do Rego Motta (1983 – 1988/ 1997 – 2000)

Gustavo Conde Medeiros (2005 – 2008/ 2013 – 2016/ 2021 – 2024)

José Barros Sobrinho (2009 – 2012)

Paulo Henrique Medeiros Costa (2017 – 2020)

 

          A Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, desde sua fundação, contou com os seguintes párocos:

Padre Simpliciano Barbosa Ferreira

Padre Álvaro José de Lima

Padre Constantino Nogueira Boson e Lima

Padre José Paulino de Miranda

Padre Gastão Pereira da Silva

Padre Cícero Portella Nunes

Padre Acelyno Portella

Padre Cícero Pereira Santos

Padre José Maria Lauth

Padre Luís de Castro Brasileiro

Padre Isaac José Vilarinho

Padre Emídio José de Andrade

Padre José Gonzalez Alonso

Padre Antônio José de Carvalho

Padre João Moura

Padre Roneik Nonato Lima

Padre Marcos

Padre Carlos Lages

Padre Ângelo Marcos

Padre Deodato Felipe  

 

CASARÃO HISTÓRICO DE UNIÃO-PI - FOTO - LOURIVAL LOPES.

 

CASARÃO ANTIGO DE UNIÃO-PI

 

CASARÃO DA PRAÇA BARÃO DE GURGUEIA – PATRIMÔNIO CULTURAL DO PIAUÍ

Por: Danilo Reis (historiador)    

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